
O DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra – é um projeto de extensão epesquisa criado em 1998 no Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – NERA – vinculado ao Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade Estadual Paulista – Unesp, Campus de Presidente Prudente. A elaboração doprimeiro Relatório DATALUTA em 1999 com os dados de 1998 foi o início desta publicação decategorias essenciais da questão agrária brasileira, superando a dificuldade de acesso aos dadossistematizados sobre ocupações e assentamentos. Em 2004 incorporamos a categoriamovimentos socioterritoriais e em 2010 a estrutura fundiária e as manifestações do campo. Em2014 foi introduzida a categoria estrangeirização de terras, publicada desde então no RelatórioDATALUTA. Em 2018 acrescentamos ao DATALUTA a categoria referente a territorialização dasJornadas Universitárias em Defesa da Reforma Agrária (JURA). Os relatórios são compostos degráficos, tabelas, quadros e mapas sobre parte da realidade agrária brasileira.
No sentido de propiciar leituras diversas da realidade agrária brasileira, nos reunimos emum coletivo de pensamento e criamos a REDE DATALUTA, agregando esforços, concentração edisciplina de quinze grupos de pesquisas de universidades brasileiras: Núcleo de Estudos,Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – NERA, vinculado ao Departamento de Geografiada Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp, Campus de Presidente Prudente; oLaboratório de Geografia Agrária – LAGEA, da Universidade Federal de Uberlândia; o Núcleode Estudos Territoriais e Agrários – NaTERRA, Universidade Federal do Triângulo Mineiro; oLaboratório de Geografia das Lutas no Campo e na Cidade – GEOLUTAS, do Departamentode Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal Rondon; oNúcleo de Estudos Agrários – NEAG, do Departamento de Geografia da Universidade Federaldo Rio Grande do Sul; o Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação daBiodiversidade – GECA, da Universidade Federal de Mato Grosso; o Laboratório de EstudosRurais e Urbanos – LABERUR, do Departamento de Geografia da Universidade Federal deSergipe; o Grupo de Estudos sobre Trabalho, Espaço e Campesinato – GETEC, daUniversidade Federal da Paraíba; o Laboratório de Estudos Territoriais – LABET, do Campusde Três Lagoas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; o Núcleo de Estudos ePesquisas Agrárias sobre Desenvolvimento, Espaço e Conflitualidades – NEADEC, daUniversidade Federal do Pará; o Laboratório de Estudos Regionais e Agrários no Sul eSudeste do Pará – LERASSP, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará); o Banco deDados das Lutas e Resistências à Política de Modernização Territorial no Vale do Jaguaribe- DATALURE, da Universidade Estadual do Ceará, campus Limoeiro do Norte; do Grupo deEstudos em Dinâmica Territorial – GEDITE, da Universidade Estadual do Maranhão, campus deSão Luís, Laboratório de Geografia e Estudo das Dinâmicas Territoriais – LAGET, daUniversidade Federal de Goiás, campus de Jataí e do Grupo de Estudos Regionais esocioespaciais – GERES, da Universidade Federal de Alfenas.
Essa articulação de grupos de pesquisa está contribuindo para a espacialização doDATALUTA, criando condições de estabelecer uma rede nacional, obtendo dados mais apurados,auxiliando para a qualificação do conhecimento e no desenvolvimento dos temas vinculados àquestão agrária. Hoje o DATALUTA tornou-se uma referência nacional e internacional para osestudiosos da questão agrária, o que tem possibilitado intercâmbios de pesquisa com paísescomo Canadá, Estados Unidos, Cuba, Espanha, Holanda, Bolívia, Colômbia, Equador, Chile,Argentina, Uruguai, Paraguai e França.